CATARATA CERULEA: UM RELATO DE CASO
Relatar o caso clínico de um paciente portador de um tipo raro de catarata, a fim de divulgar a sua ocorrência, de modo
que seu diagnóstico consiga ser precipitado, tornando o tratamento mais eficaz.
J.B.R., 9 anos, sexo masculino, natural e procedente do Rio de Janeiro, comparece a consulta oftalmológica com queixa de
baixa acuidade visual progressiva em ambos os olhos (AO). Relata histórico familiar de catarata congênita (mãe e tio). Nega
comorbidades e medicamentos de uso contínuo. Ao exame oftalmológico não apresentava desvios oculares, a motilidade
ocular era preservada e o teste do reflexo corneano centrado. A acuidade visual com correção era de 20/50 em olho direito (OD) e
20/80 em olho esquerdo (OE), e o potencial de acuidade macular (PAM) de 20/30 em AO. A biomicroscopia do segmento anterior
demonstrava opacidades azuladas, puntiformes, difusas em região nuclear fetal, embrionário e adulto do cristalino de AO,
além de blefarite leve. A tonometria bidigital era normal. Fundoscopia sem alterações em AO. Realizado Tomografia de
Coerência Óptica (OCT) de câmara anterior e topografia corneana, também sem alterações
Ao longo de toda a vida, diversas mutações surgem e geram transformações no corpo humano, incluindo alterações cristalinianas. O paciente em questão procurou atendimento oftalmológico com seus responsáveis devido à baixa acuidade visual, tendo sido constatado a catarata cerúlea. A incidência deste tipo de catarata é rara, 25% delas são hereditárias e não necessitam de nenhum tipo de tratamento, sendo a observação a melhor conduta a ser tomada. Neste caso, o tratamento cirúrgico foi recomendado para
melhora da acuidade visual e diminuição dos riscos de ambliopia desse paciente.
Catarata
Hospital Federal de Bonsucesso - Rio de Janeiro - Brasil
DANIELE BRAVIM LONGO, Larissa de Sá Barreto, Beatriz De Abreu Fiuza Gomes