Detalhes


Título

OSTEOMA DE COROIDE EM UM PACIENTE ATIPICO

Objetivo

Relatar um caso de osteoma de coroide, em um paciente idoso do sexo masculino apresentando seu diagnóstico.

Relato do Caso

Paciente de 80 anos, sexo masculino, natural de Ibirapitanga/BA comparece queixando-se de piora da acuidade visual há 1 ano. Nega comorbidades e negava histórico familiar de cegueira ou glaucoma. Apresentava de antecedente oftalmológico pseudofacia em ambos os olhos. Ao exame acuidade visual com correção 20/400 do olho direito e 20/20 do olho esquerdo. Pressão intraocular de 13 em aplanação por tonômetro de Goldman. A biomicroscopia não apresentava alterações. A fundoscopia apresentava em olho direito relação escavação disco de 0,2/0,2, vasos sem alterações, lesão amarelo esbranquiçada pegando parte superior da fóvea e região acima adjacente com pequena hemorragia temporal superior. Em olho esquerdo não apresentava alterações. Foi realizado retinografia fluorescente com hiperfluorescência durante todas as fases do exame. Na tomografia de coerência optica a parte temporal da mácula apresenta desorganização das camadas da retina e destruição da zona elipsoide. Já na ultrassonografia ocular apresenta superfície anterior de alta refletividade e sombra acústica na órbita. Resultando em diagnóstico de osteoma de coroide.

Conclusão

Através do exame de fundo de olho e de exames complementares confirmou-se o diagnóstico clínico de osteoma de coroide. Um tumor mais frequente em mulheres jovens, raro e benigno e constituído de tecido ósseo poroso maduro. Neste paciente também foi unilateral como 75% dos casos embora seja um paciente do sexo masculino e idoso. A angiografia, ultrassonografia e tomografia de coerências opticas são fundamentais para confirmar um diagnóstico raro e fora de seu escopo tradicional, além de nos auxiliar nas possíveis complicações desta doença. Apesar de ter um bom prognóstico, quando as lesões abrangem a fóvea ocorre um baixa acuidade visual importante e irreversível além de possíveis complicações. O crescimento pode levar vários anos, podendo haver reabsorção e descalcificação espontânea sendo um evento muito raro.

Área

Retina

Instituições

Hospital de Olhos Ruy Cunha (DayHorc) - Ceará - Brasil

Autores

FELIPE CANGUSSU GATTI QUEIROGA, Mateus Esteves Cruz, Izabela Ivo Cruz

Promotor

Realização - CBO

Organização

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