Detalhes


Título

PARACOCCIDIOIDOMICOSE CUTANEA COM ENVOLVIMENTO CORIORRETINIANO – RELATO DE CASO

Objetivo

RELATAR CASO DE PARACOCCIDIOIDOMICOSE CUTÂNEA COM ENVOLVIMENTO CORIORRETINIANO.

Relato do Caso

PACIENTE MASCULINO, 58 ANOS, TRABALHADOR DE ZONA RURAL, ETILISTA E TABAGISTA, COM DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO DE PARACOCCIDIOIDOMICOSE HÁ APROXIMADAMENTE 4 ANOS. INICIOU TRATAMENTO EM UNIDADE DE ORIGEM, PORÉM IRREGULAR. INTERNADO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGAR SANTOS EM NOVEMBRO DE 2021 PARA TRATAMENTO COM ANTIFÚNGICO SISTÊMICO DEVIDO A BAIXA RESPOSTA AO ANTIFÚNGICO ORAL. À ADMISSÃO FOI SOLICITADA AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA POR PRESENÇA DE LESÕES PALPEBRAIS.
AO EXAME, ACUIDADE VISUAL OD (OLHO DIREITO) 20/20P E OE (OLHO ESQUERDO) 20/20. LESÃO EM PÁLPEBRA SUPERIOR DIREITA NODULAR, MEDIAL, DE ASPECTO INFILTRATIVO, MADAROSE MEDIAL SUPERIOR E INFERIOR, DESLOCAMENTO DE PONTO LACRIMAL INFERIOR SUPERIORMENTE. OCLUSÃO OCULAR PARCIALMENTE PRESERVADA À DIREITA. BIOMICROSCOPIA ANTERIOR DE OD HAVIA PRESENÇA DE CERATITE DISCRETA. À FUNDOSCOPIA DE OD SEM LESÕES, PORÉM AO EXAME DE OE FORA NOTADA LESÃO BRANCO-AMARELADA ELEVADA DE DIMENSÃO APROXIMADA DE ½ ÁREA DE DISCO SUPERO-TEMPORAL À MÁCULA COM PRESENÇA DE EXSUDATOS DUROS PERILESIONAL E MICROHEMORRAGIAS(FIG1). À ANGIOFLUORESCEÍNOGRAFIA EVIDENCIOU EXTRAVASAMENTO DE CONTRASTE LOCAL(FIG2). À TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA MOSTROU LESÃO CORIORRETINIANA COM DESORGANIZAÇÃO DAS CAMADAS RETINIANAS COM CARACTERÍSTICAS DE LESÃO FÚNGICA(FIG3).
DURANTE O INTERNAMENTO EVOLUIU COM LESÃO RENAL AGUDA ATRIBUÍDA A ANFOTERICINA, APÓS 15 DIAS DE USO, TROCADO POR SULFAMETOXAZOL-TRIMETROPIMA, ATÉ MELHORA DAS LESÕES CUTÂNEAS. AVALIADO SEMANALMENTE NO SETOR DE RETINA COM MELHORA PROGRESSIVA DA LESÃO CORIORRETINIANA DE OE(FIG 4 – 5), FEITO DIAGNÓSTICO PRESUMIDO DE CORIORRETINITE POR PARACOCCIDIOIDOMICOSE. SEGUE EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL.

Conclusão

PARACOCCIDIOIDOMICOSE DEVE SER AVENTADA COMO DIAGNÓSTICO EM PACIENTES QUE VIVEM EM ÁREAS ENDÊMICAS. APESAR DE RARA, A DISSEMINAÇÃO OCULAR DEVE SER CONSIDERADA EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO PRÉVIO DO FUNGO. AVALIAÇÃO PRECOCE E TERAPIA ADEQUADA SÃO A BASE PARA EVITAR COMPLICAÇÕES VISUAIS GRAVES.

Área

Doenças Sistêmicas

Instituições

Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Bahia - Brasil

Autores

PEDRO FERNANDES SOUZA NETO, DANIEL CHALHOUB COELHO LIMA, DANIEL D'CARLOS GONÇALVES

Promotor

Realização - CBO

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