Sessão de Relato de Caso


Código

RC171

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Autores

  • PEDRO KERN MENNA BARRETO (Interesse Comercial: NÃO)
  • LUCIO FALAVIGNA (Interesse Comercial: NÃO)
  • FELIPE MALLMANN (Interesse Comercial: NÃO)

Título

DA PALPEBRA A RETINA

Objetivo

Relatar caso de tumor palpebral que evoluiu com rara complicação retiniana.

Relato do Caso

Feminina, 35 anos, encaminhada por lesão palpebral no olho direito. Ao exame, volumosa lesão melanótica na pálpebra superior direita associada com desorganização da margem palpebral e lesão hiperpigmentada na conjuntiva tarsal inferior, sem contiguidade com a lesão principal. Acuidade visual de 20/20 em ambos os olhos e demais exame oftalmológico normal. Avaliação histopatológica confirmou melanoma palpebral, Breslow IV com margens livres. Encaminhada para oncologia clínica sem evidência de acometimento sistêmico, optado por tratamento com dabrafenib e trametinib. Após 1 mês de tratamento adjuvante, apresentou baixa acuidade visual súbita e indolor no olho esquerdo, com acuidade visual de 20/100 e descolamento de retina exsudativo envolvendo todo o polo posterior. Após alguns dias de observação, apresentou achados semelhantes no olho direito e evoluiu com visão de conta dedos em ambos os olhos, percepção de zumbido e rigidez de nuca. Anamnese e exame clínico associados com exames complementares levantaram como principal hipótese a síndrome de Vogt Koyanagi Harada secundária ao uso de dabrafenib e trametinib. Inicialmente foi apenas suspenso o tratamento adjuvante, sem melhora, e após realização de pulsoterapia a paciente apresentou resolução dos achados e visão de 20/30 em ambos os olhos.

Conclusão

O caso acima descreve um raro tumor palpebral com alta mortalidade que apresentou um efeito adverso pouco descrito na literatura decorrente do seu tratamento. O acompanhamento oftalmológico mostrou-se fundamental para detecção precoce e manejo da condição antes que houvesse perda irreversível da visão, enfatizando a importância da abordagem multidisciplinar em pacientes oncológicos recebendo terapias com risco de dano ocular.

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