Sessão de Relato de Caso


Código

RC238

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Federal da Lagoa
  • Secundaria: Universidade Federal Fluminense (UFF)

Autores

  • CAIO MARCUS DE ANDRADE LOPES (Interesse Comercial: NÃO)
  • Thiago Sande Miguel (Interesse Comercial: NÃO)
  • Maurício Bastos Pereira (Interesse Comercial: NÃO)

Título

OFTALMIA SIMPATICA APOS TRANSPLANTE PENETRANTE DE CORNEA. RELATO DE CASO.

Objetivo

Relatar um caso atípico de Oftalmia Simpática (OS) após realização de transplante penetrante secundário à úlcera de córnea infectada perfurada refratária à terapia clínica.

Relato do Caso

R.P.N, 32 anos, alegava redução súbita da visão no olho direito (OD) nas últimas 48h. Apresentava história de ceratite bacteriana no olho esquerdo (OE) devido ao uso indevido de lentes de contato que levou a afinamento da córnea com três episódios de perfuração, sendo os dois primeiros tratados com cola de cianoacrilato e o último complicado com hérnia de íris. A mesma foi submetida à ceratoplastia penetrante no OE três semanas antes da diminuição da acuidade visual (AV) do OD. AV de 20/200 no OD e movimento de mãos no OE. A biomicroscopia evidenciava celularidade e reação de câmara anterior no OD. No OE, havia edema corneano difuso impossibilitando a avaliação da câmara anterior e importante hiperemia conjuntival. (Figura 1) A retinografia com filtro red free revelou e descolamento seroso de retina. A angiofluoresceinografia mostrou vazamentos pontuais difusos (pinpoints). A tomografia de coerência óptica (OCT) evidenciou descolamento seroso e do epitélio pigmentado retiniano. (Figura 2) Foi realizado o diagnóstico de OS e o tratamento iniciado com altas doses de corticóide sistêmico e tópico com estabilização do quadro sem necessidade de imunossupressores.

Conclusão

A OS é uma panuveíte granulomatosa difusa bilateral rara e devastadora, geralmente após lesão ocular cirúrgica ou não cirúrgica. É acompanhada por injeção conjuntival e reação granulomatosa da câmara anterior com precipitados ceráticos em gordura de carneiro. No segmento posterior, a extensão da inflamação pode variar. Os corticosteróides sistêmicos e terapia imunossupressora com ciclosporina, azatioprina, ciclofosfamida, micofonelato mofetil e tacrolimus melhorou o prognóstico a longo prazo. O manejo rápido e eficaz com agentes imunossupressores sistêmicos permitiu o controle da doença e a obtenção de boa acuidade visual no olho remanescente sem, muitas vezes, haver necessidade de procedimentos cirúrgicos.

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