Sessão de Relato de Caso


Código

RC210

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: INSTITUTO DE OLHOS CIÊNCIAS MÉDICAS
  • Secundaria: PÓS- GRADUAÇÃO CIÊNCIAS MÉDICAS - MG

Autores

  • LUIZA LIMA OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • ANA LUISA SOUTO GANDRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • FABIO BORGES NOGUEIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

SINDROME OCULAR ISQUEMICA BILATERAL: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de síndrome ocular isquêmica bilateral em uma mulher de 63 anos.

Relato do Caso

Mulher de 63 anos, hipertensa, apresentou dois AVEs isquêmicos secundários a obstrução de carótidas em 2021, sendo realizada angioplastia em outubro do mesmo ano. Comparece ao serviço em março de 2022 queixando-se de baixa acuidade visual (BAV) desde janeiro, pior em olho esquerdo (OE). O duplex scan evidenciou oclusão em território carotídeo esquerdo, sem fluxo sanguíneo, além de estenose hemodinamicamente significativa em artéria carótida interna direita. Presença de inversão de fluxo em artéria vertebral. Ao exame, acuidade visual era 20/25 e NPL, com rubeosis iridis, corectopia e sinequias posteriores. À fundoscopia, algumas hemorragias retinianas em olho direito e dilatação venosa. À gonioscopia, presença de sinéquias 360 e a PIO era 6 e 9 mmHg. Após a avaliação, a paciente foi orientada a manter o seguimento com a neurologia e iniciamos anti-VEGF e panfotocoagulação.

Conclusão

A Síndrome Ocular Isquêmica decorre da hipoperfusão ocular crônica decorrente da oclusão de mais de 90% do fluxo carotídeo ipsilateral ou da artéria oftálmica. Tem como fatores de risco hipertensão e diabetes. O acometimento ocular é unilateral em 80% dos casos, com BAV progressiva, dificuldade de adaptação a luzes fortes e dor ocular. Alterações típicas presentes são injeção episcleral, edema corneano, atrofia de íris e rubeosis iridis. Achados fundoscópicos incluem dilatação venosa, estreitamento arteriolar, hemorragias em chamas de vela, edema de disco e manchas algodonosas. Apenas metade dos casos cursa com elevação da PIO, uma vez que há redução da produção do humor aquoso causada pela isquemia do corpo ciliar. O tratamento para a neovascularização pode incluir panfotocoagulação e anti-VEGF, devendo garantir o tratamento das comorbidades cardiovasculares e da obstrução carotídea. É uma doença grave, com cerca de 90% dos casos evoluindo para AV pior que 20/200 em um ano e mortalidade de 40% em 5 anos, o que reforça a importância do diagnóstico precoce.

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