Código
RC224
Área Técnica
Trauma
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Quarteirão da Saúde de Diadema
Autores
- JOSE EDUARDO FERREIRA DA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
- GABRIEL ALVES ESTEVES (Interesse Comercial: NÃO)
- MARTA BEATRIZ SARTORI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
TRAUMA PENETRANTE PALPEBRAL COM ANTENA DE CONTROLE REMOTO DE CARRINHO EM CRIANÇA : SEU MANEJO IATROGENICO E ASSERTIVO
Objetivo
O presente caso tem por finalidade relatar um trauma transfixante da pálpebra direita em uma criança de 02 anos de idade por uma antena de controle remoto de carrinho, realçando seu manejo inadequado realizado por profissionais de saúde não capacitados e finalmente resolvido por oftalmologistas.
Relato do Caso
Paciente de 02 (dois) anos é trazido ao pronto socorro de oftalmologia por seus familiares, após queda da própria altura sobre uma antena de controle remoto de carrinho, formada por um espiral pontiagudo em uma de suas extremidades, que penetrou a superfície posterior da pálpebra superior do olho direito. Previamente havia sido encaminhado a outros serviços de urgência, nos quais foram feitas várias tentativas infrutíferas de retirada do objeto por profissionais de saúde não oftalmologistas. Ao exame oftalmológico inicial era impossível determinar o formato da antena, bem como o mecanismo de penetração palpebral. Optou-se, então, pela retirada do objeto em centro cirúrgico, sob sedação e analgesia, a fim de se avaliar o trajeto do corpo estranho. Durante o procedimento, observou-se transfixação do objeto na porção temporal do tarso superior do olho direito, com edema e hiperemia adjacentes, e afastou-se a possibilidade de perfuração ocular e orbitária. Após habilidosas eversão e tração palpebral com instrumentação adequada, retirou-se a parte espiralada e pontiaguda da antena enovelada na pálpebra, sem intercorrências. FOTO (1) Paciente recebeu alta no mesmo dia e retornou às consultas de acompanhamento em franca melhora, sem dor, edema ou quaisquer complicações oculares. FOTO (2)
Conclusão
O presente caso ratifica a suma importância do oftalmologista no manejo dos acidentes oculares, independente de sua natureza, conforme preconizado pela sociedade brasileira de traumatologia ocular. Um trauma aparentemente elementar induziu profissionais não capacitados a manejá-lo intempestivamente, expondo a criança a lacerações palpebrais, além de perfurações oculares e orbitárias, enquanto que, em mãos especializadas, resolveu-se sem intercorrências.