Código
GR-10
Área Técnica
Oculoplástica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Autores
- RAPHAEL COELHO SANTOS (Interesse Comercial: NÃO)
- Luis Felipe da Silva Alves Carneiro (Interesse Comercial: NÃO)
- Rebeka Hayashi Vicente (Interesse Comercial: NÃO)
Título
HEMANGIOMA CAPILAR ORBITARIO: RELATO DE CASO
Objetivo
Apresentar a evolução de um caso de hemangioma capilar retroorbitário em paciente recém nascido (RN).
Relato do Caso
Recém nascido, masculino, parto cesáreo no interior de Minas Gerais, a termo, no dia 12/01/2022 com proptose ocular à esquerda ao nascimento, sem outras alterações. Transferido com um dia de vida para CTI neonatal do Hospital Santa Casa de misericórdia Belo Horizonte. Ao exame, apresentava proptose e quemose importante à esquerda, exposição total de tecido conjuntival, edema e opacidade córneana flúor negativa. Olho direito sem alterações. Diante do quadro, as principais hipóteses diagnosticas levantadas foram: Neuroblastoma, Rabdomiossarcoma e Hemangioma capilar. RNM do dia 18/01 evidenciou lesão expansiva intraconal esquerda, inespecífica, com sinais de baixa agressividade compatível com hemangioma. Após discussão interdisciplinar, optou-se por não biopsiar a massa retroorbitária pelo risco sistémico e local ao paciente. Iniciado Propranolol 1mg/kg/dia no dia 22/01 com base na hipótese diagnóstica de hemangioma capilar. Além disso, foi mantido durante toda internação, oclusão ocular com Regencel pomada. Nesse período, paciente evoluiu com úlcera de exposição com melhora do quadro após duas semanas de tratamento com moxifloxacino colírio. Paciente apresentou melhora progressiva do quadro recebendo alta hospitalar no dia 16/02 com propranolol via oral 8/8h (3mg/kg/dia) e curativo oclusivo com Regencel para uso domiciliar. Atualmente, paciente mantem acompanhamento ambulatorial com resolução completa da proptose, apresentando fechamento ocular espontâneo e sem necessidade de uso de oclusor ocular.
Conclusão
O hemangioma é o tumor vascular mais comum em crianças até 1 ano de idade, com um período de crescimento rápido, estabilização e lenta involução. Tratamento preconizado com Beta bloqueador apresenta alta taxa de sucesso.