Sessão de Relato de Caso


Código

RC170

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Quarteirão da Saúde de Diadema
  • Secundaria: Santa Casa de Misericórdia de Curitiba

Autores

  • LUIZ FELIPE DE MIO GEARA (Interesse Comercial: NÃO)
  • Amanda Geara (Interesse Comercial: NÃO)
  • Leonardo Schiochet (Interesse Comercial: NÃO)

Título

COROIDOPATIA LUPICA: RELATO DE CASO

Objetivo

Objetiva descrever caso de coroidopatia lúpica.

Relato do Caso

54 anos, feminina, tratamento irregular de lúpus eritematoso sistêmico (LES), não sabe informar quanto tempo do diagnóstico ou a droga em uso. Queixa de perda visual progressiva em ambos os olhos (AO). Melhor acuidade visual corrigida de movimento de mãos em AO. Sem outras comorbidades sistêmicas ou oculares. Sem alterações a tonometria e biomicroscopia. Fundoscopia e retinografia com disco óptico pálido, bem delimitado, atenuação da espessura vascular, hiperpigmentação de EPR macular, mobilização e atrofia de EPR em média periferia. Angiofluorescência com hiperfluorescência por defeito em janela moteado correspondendo a atrofia de EPR. OCT com perda de depressão foveal, diminuição global na espessura da retina externa e camada de fotorreceptores no polo posterior. Avaliação multidisciplinar e exames complementares reforçam coroidopatia lúpica.

Conclusão

LES é uma doença autominune, caracterizada por diversos anticorpos e fisiopatologia complexa genética e ambiental. Afeta diversos órgãos, dentre eles, os olhos.
 Mais comumente há ceratoconjuntivite seca, uveíte anterior e retinopatia. Coroidopatia lúpica pode associar-se a alterações renais e neurológicas. A patogênese é incerta, com envolvimento de depósitos imunes, autoanticorpos contra EPR e microangiopatia trombótica com hipofunção da coroide, lesão do EPR e extravasamento líquido no espaço subrretiniano. Afeta acuidade visual e qualidade de vida, sendo a doença sistêmica potencialmente fatal. Diagnóstico e tratamento precoce podem alterar o resultado final. 
Cursam com descolamento seroso de retina e de EPR. 
OCT mostra hiporefletividade entre retina neurossensorial e EPR no polo posterior e média-periferia. Na angiografia com indocianina verde há hipoperfusão em cunha e hiperfluorescencia da coroide.
 Diagnóstico diferencial importante com coriorretinopatia serosa central, pois esta piora com corticoterapia.
 Coroidopatia lúpica pode indicar envolvimento sistêmico, podendo melhorar o mesmo e o quadro ocular com uso de imunomoduladores

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