Sessão de Relato de Caso


Código

RC005

Área Técnica

Catarata

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Olhos do Paraná

Autores

  • EDER YUKIO HARAGUSHIKU (Interesse Comercial: NÃO)
  • Fernando Filho Cotlinski (Interesse Comercial: NÃO)
  • Julia Spolti (Interesse Comercial: NÃO)

Título

CATARATA ESTELAR BILATERAL PELO USO PROLONGADO DE CLORPROMAZINA

Objetivo

Reforçar a importância do acompanhamento oftalmológico periódico de usuários crônicos de clorpromazina para o rastreio de alterações oculares, atentando-se ao tempo de exposição à droga e posologia da mesma. Visto que o uso prolongado deste fármaco pode resultar em alterações oculares significativas.

Relato do Caso

Mulher, 49 anos, compareceu ao ambulatório do Hospital de Olhos do Paraná com queixa de baixa acuidade visual progressiva em ambos os olhos (AO) há 2 anos, com piora em ambiente iluminado. Diagnosticada com transtorno esquizoafetivo há 27 anos. Em uso de: clorpromazina 400mg/dia há 25 anos e biperideno 4mg/dia. Ao ser indagada quanto à dosagem de clorpromazina utilizada, a paciente referiu que a dosagem prescrita já havia sido menor no começo do tratamento e maior em alguns períodos, porém que fora reduzida nos últimos 10 anos. Não apresentava antecedentes oftalmológicos, patológicos e cirúrgicos. Ao exame oftalmológico:
Acuidade visual (AV) com correção: 20/50 olho direito (OD); 20/70 olho esquerdo (OE). Biomicroscopia AO: pigmentos amarronzados dispersos em forma de estrela na lente anterior do cristalino (Imagem 1).
 Gonioscopia AO: aberto 360º até raiz da íris, pigmentação 1+. Pressão intraocular e mapeamento de retina: sem particularidades.

Conclusão

Pacientes que fazem uso prolongado de fenotiazínicos, drogas utilizadas no tratamento das psicoses esquizoafetivas, é mandatório o acompanhamento frequente com o Oftalmologista. Como no caso apresentado, as alterações do cristalino surgem frequentemente após o uso prolongado por mais de 5 anos, e são comumente descritas como depósitos pigmentares amarronzados ao nível da cápsula e/ou subcápsula lenticular anterior, na área pupilar que caracteristicamente tem a forma de uma estrela. Podem também afetar conjuntiva, córnea, íris e retina. O comprometimento da AV é variável, assim como observado no caso, no qual apesar de ambos os olhos apresentarem a mesma manifestação ocular, o comprometimento visual é assimétrico. Sendo o tratamento nesse caso, exclusivamente cirúrgico.

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