Código
RC054
Área Técnica
Estrabismo
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação Leiria de Andrade
Autores
- TICIANE TOMAZ ROCHA (Interesse Comercial: NÃO)
- Marina De Andrade Barbosa (Interesse Comercial: NÃO)
- Renata Girão C. Napravnik (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ESPASMO DO REFLEXO PRÓXIMO: RELATO DE CASO E ACHADOS OFTALMOLÓGICOS
Objetivo
DESCREVER UM CASO DE ESPASMO DO REFLEXO PRÓXIMO EM CRIANÇA E SUAS RESPECTIVAS CARACTERÍSTICAS
Relato do Caso
CRIANÇA 4 ANOS, FEMININO, ENCAMINHADA AO OFTALMOPEDIATRA PARA AVALIAÇÃO DE ESOTROPIA SÚBITA E DIPLOPIA BINOCULAR HOMÔNIMA EXACERBADA EM ATIVIDADES DE PERTO. INICIADA HÁ 1 ANO E 3 MESES APÓS EPISÓDIO FEBRIL, OCASIÃO EM QUE PROCUROU NEUROPEDIATRA ONDE FORAM REALIZADOS EXAMES INVESTIGATIVOS, TODOS DENTRO DA NORMALIDADE. AO EXAME: ACUIDADE VISUAL SEM CORREÇÃO EM AMBOS OLHOS (AO) 1,0 (20/20), MOTILIDADE OCULAR EXTRÍNSECA PRESERVADA, REFLEXOS LUMINOSOS SIMÉTRICOS, REFLEXO VERMELHO SIMÉTRICO, ESOTROPIA DE ÂNGULO EXTREMAMENTE VARIÁVEL E INTERMITENTE, EVIDENCIADO EM ALGUMAS OCASIÕES NO COVER UNCOVER, CARACTERIZANDO UMA TROPIA COM ÂNGULO VARIÁVEL ENTRE MICROESOTROPIA E 30DP. COVER TESTE PARA LONGE ORTOTROPIA E ORTOFORIA. REFLEXOS PUPILARES DIRETO E CONSENSUAL, BIOMICROSCOPIA E FUNDOSCOPIA EM AO SEM ALTERAÇÕES. CONCLUIU-SE QUE SE TRATAVA DE QUADRO DE ESOTROPIA NÃO ACOMODATIVA, COMPATÍVEL COM ESPASMO DO REFLEXO PRÓXIMO (ERP), APRESENTANDO MELHORA COM TRATAMENTO FARMACOLÓGICO COM CICLOPENTOLATO 1% E ORIENTAÇÕES SOBRE O USO DE TELA. EMBORA, DEVIDO A RECIDIVA DO DESVIO EM ALGUNS MOMENTOS FOI OPTADO POR TRATAMENTO CIRÚRGICO. ATUALMENTE, MANTÉM SEGUIMENTO COM ESPECIALISTA.
Conclusão
O ESPASMO DO REFLEXO PRÓXIMO É UMA CONDIÇÃO INCOMUM, RESULTANTE DA SUPERESTIMULAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO.ENVOLVE EPISÓDIOS INTERMITENTES E VARIÁVEIS DE ESOTROPIA, PSEUDOMIOPIA E MIOSE. APRESENTA-SE FREQUENTEMENTE COMO QUADRO SÚBITO DE DIPLOPIA E VISÃO TURVA, ASSOCIADO OU NÃO A ESOTROPIA, MIOSE E ALTERAÇÕES DO REFLEXO NA RETINOSCOPIA, ALÉM DE SINTOMAS INESPECÍFICOS. APESAR DAS PRINCIPAIS ETIOLOGIAS SEREM FUNCIONAL OU PSICOGÊNICA, HÁ RELATOS DE CAUSAS COMO NEUROLÓGICAS, INFECCIOSAS E MEDICAMENTOSAS. TAL ENTIDADE É POUCO RECONHECIDA, RAZÃO DE INVESTIGAÇÕES DESNECESSÁRIAS NESSA PERSPECTIVA, VALE RESSALTAR A IMPORTÂNCIA DESTA POIS ACREDITA-SE EM UM AUMENTO DE PREVALÊNCIA OCASIONADO PELO USO GENERALIZADO DE TELAS DIGITAIS.