Sessão de Relato de Caso


Código

RC090

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Quarteirão da Saúde de Diadema

Autores

  • JOÃO VICTOR FERNANDES FABRICIO (Interesse Comercial: NÃO)
  • LUCAS OLIVEIRA MARQUES (Interesse Comercial: NÃO)
  • ANA LAURA DE ARAUJO MOURA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

INTOXICAÇAO POR METANOL: DOCUMENTAÇAO DAS ALTERAÇOES DO DISCO OPTICO

Objetivo

Descrever um caso de neuropatia óptica tóxica com aumento da escavação e atrofia óptica após ingestão de etanol de posto de combustível.

Relato do Caso

R.J, 28 anos, sexo masculino, admitido no pronto socorro por rebaixamento sensorial. Na admissão foi referido o uso de crack e consumo de aproximadamente 500ml de etanol de posto de combustível. Após 48 horas, apresentou leve melhora do quadro sensorial e foi encaminhado para avaliação oftalmológica para avaliar perda da acuidade visual bilateral. O exame oftalmológico evidenciava ausência de percepção luminosa em ambos os olhos (AO), pupilas midriáticas, reflexo fotomotor direto e consensual ausentes em AO. À fundoscopia, apresentava disco óptico róseo com margens bem delimitadas, escavação de aproximadamente 0,2 e presença de hemorragia intrarretiniana em região nasal superior bilateral. (Figura 1). Nesta ocasião foram prescritas 2 doses semanais de complexo B 5.000mcg via intramuscular. Na reavaliação 1 mês após, apresentava acuidade visual de movimento de mãos em AO, pupilas isocóricas, reflexo fotomotor direto e consensual 4/4+ em AO, sem defeito pupilar aferente relativo. No exame de fundoscopia, observava-se uma palidez difusa do nervo óptico e escavação de 0.9 bilateral, com defeito generalizado na camada de fibras nervosas (Figura 2). Nesse contexto, os achados oftalmológicos e a anamnese são sugestivos de neuropatia óptica tóxica secundária à ingestão etanol contaminado com metanol. O acúmulo desta substância causa acidose metabólica e interfere na produção de adenosina trifosfato (ATP). Desta forma, a hipóxia gerada induz a morte e desmielinização de células axonais, podendo resultar em aumento da escavação e atrofia óptica como no caso descrito.

Conclusão

A intoxicação por metanol pode resultar em cegueira além de ser potencialmente fatal. Devido ao aumento da escavação, a neuropatia óptica glaucomatosa apresenta-se como um relevante diagnóstico diferencial.

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