Sessão de Relato de Caso


Código

RC120

Área Técnica

Oculoplástica

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: HC-UFPR

Autores

  • NATALIA ASSUMPCAO LIMA DIAS (Interesse Comercial: NÃO)
  • GIOVANNA VINHOLI (Interesse Comercial: NÃO)
  • CRISLAINE SERPE (Interesse Comercial: NÃO)

Título

DOENÇAS CILIARES PALPEBRAIS COMO CAUSA DE LESOES NEO LIKE CORNEANAS E CONJUNTIVAIS

Objetivo

Distiquíase é a condição em que os cílios crescem a partir de uma posição anormal, na lamela posterior, podendo ser congênita ou adquirida. Tem como fatores etiológicos: blefarite, trauma, síndrome de Steven Johnson, tracoma, cirurgias palpebrais prévias e todas as inflamações crônicas da pálpebra ou conjuntiva. O atrito crônico pelos cílios, mal direcionados contra a superfície ocular, pode trazer graves consequências. O objetivo deste relato é ressaltar os diagnósticos diferenciais improváveis frente às alterações de margem palpebral devido à distiquíase adquirida.

Relato do Caso

Paciente A.P.K, masculino, de 60 anos, atendido em 2008 pela oftalmologia HC-URPR, referindo pontadas e fotofobia em olho direito após a realização de plástica ocular em serviço externo para reconstrução de pálpebra inferior por neoplasia benigna, em 2007. À biomicroscopia, evidenciado entrópio, muco em fórnice inferior e distiquíase. Após sucessivos retornos, em 2021, apresentou lesão hiperemiada, ulcerada com neovasos, suspeita de carcinoma escamoso, em córnea inferior e invasão para conjuntiva nasal. A área suspeita de malignidade era de contato direto com cílios. Submetido à ressecção cirúrgica pela técnica no touch com margem de 2 mm e uso de mitomicina. Laudo anatomopatológico evidenciou foco de infiltrados inflamatórios plasmocitários com degeneração basofílica de colágeno, sem critérios de malignidade, provavelmente secundário à distiquíase.

Conclusão

O mal posicionamento dos cílios ou pálpebra pode cursar com: ceratite, leucoma e neovascularização corneana ou induzir o surgimento de lesões semelhantes a neoplasias de superfície, a intraepitelial escamosa (NIC) ou carcinoma escamoso conjuntival. Visto que essa é a neoplasia maligna mais comum de conjuntiva, vale ressaltar a importância do rastreio com biópsias e estudo anatomopatológico frente às lesões suspeitas. O simples e precoce tratamento da distiquíase (cauterização do cílio) ou cirúrgico (reposicionamento da lamela posterior palpebral) pode mudar em definitivo o curso da doença e suas consequências oculares.

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