Código
P14
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Centro de Estudos e Pesquisa da Visão (HOFTALON)
- Secundaria: Universidade Estadual de Londrina
Autores
- HELOISA STANG HUNING (Interesse Comercial: NÃO)
- Beatriz Iris Dos Santos (Interesse Comercial: NÃO)
- Isabela Miyazaki Solano Vale (Interesse Comercial: NÃO)
- Rafael Balestreri Trevisol (Interesse Comercial: NÃO)
- Ricardo Hayashi (Interesse Comercial: NÃO)
- Samuel Shigueru Carvalho Kiy (Interesse Comercial: NÃO)
- Marcos Toshiyuki Tanita (Interesse Comercial: NÃO)
- Ana Paula Miyagusko Taba Oguido (Interesse Comercial: NÃO)
- Antonio Marcelo Barbante Casella (Interesse Comercial: NÃO)
- Erika Hoyama (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AVALIAÇAO DO OLHO SECO APOS INFECÇAO POR COVID-19
Objetivo
Avaliar o perfil epidemiológico e a presença de sinais e sintomas de olho seco em pacientes que tiveram infecção comprovada pelo vírus COVID-19 e estão recuperados.
Método
Estudo prospectivo e controlado realizado com funcionários e colaboradores do Hospital Universitário de Londrina que apresentaram sintomas gripais em novembro, dezembro de 2020 e janeiro de 2022 e que fizeram exame PCR de swab nasal para detecção do Sars-Cov2, separados em dois grupos (controle, que não apresentaram nenhum exame PCR positivo; e PCR+, que apresentaram exame positivo em algum momento até a avaliação). Foram analisados dados sociodemográficos, comorbidades oculares e local de tratamento. O Ocular Surface Disease Index (OSDI), questionário traduzido e validado para o português, foi utilizado para avaliação do olho seco; também realizado exame oftalmológico completo com avaliação da síndrome de olho seco por meio dos testes de Tear Breakup Time (TBUT), Schirmer 1 e rosa bengala.
Resultado
Foram analisados 62 olhos, dentre os quais 64% (n=40) tiveram PCR+ para COVID-19 e realizaram tratamento domiciliar. A idade média foi 45 anos e 58% eram do sexo feminino; outros dados epidemiológicos estão dispostos na Tabela 1. O TBUT médio foi 10,5 segundos nos pacientes PCR+ e 8,9 no grupo controle. Na avaliação com rosa bengala, a média foi 2,6 pontos nos grupo PCR+ e 2,4 no controle. O teste de Schirmer se apresentou fortemente positivo (≤ 5mm) em 7 olhos nos pacientes PCR+ e em 3 olhos do grupo controle. No questionário OSDI, a pontuação foi 17,6 entre aqueles que tiveram COVID-19, e no grupo controle 8,1 com significância estatística. A Tabela 2 apresenta análise estatística de dados do exame oftalmológico e questionário.
Conclusão
Independente do período pós-doença em que os participantes foram avaliados, embora os testes de olho seco não tenham demonstrado grandes variações, a análise do questionário OSDI mostrou que aqueles comprovadamente infectados pela SARS-Cov2 apresentaram mais sintomas.