Código
RC183
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Centro de Estudos e Pesquisa Oculistas Associados (CEPOA)
Autores
- MARLON MIGUEL BIANCHI DE LIMA (Interesse Comercial: NÃO)
- Cynthia Rodrigues Mendes (Interesse Comercial: NÃO)
- Giovanna Provenzano (Interesse Comercial: NÃO)
Título
LINFOMA DE COROIDE COMO DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DE EFUSAO UVEAL APOS CIRURGIA DE CATARATA: RELATO DE CASO
Objetivo
Relato de caso de Linfoma de coroide em um paciente previamente hígido, com diagnóstico diferencial presumido de efusão uveal, atingindo estabilidade do quadro ocular
Relato do Caso
DTB, 80 anos, previamente hígido, comparece em consulta oftalmológica relatando BAV (Baixa acuidade visual) progressiva de olho esquerdo (OE) há 3 meses. História pregressa de facectomia em olho direito (OD), evoluído com descolamento de retina (DR) após 8 meses de cirurgia. Ao exame oftalmológico: Acuidade visual (AV): OD: Movimento de mãos e OE: 20/60. Potencial de Acuidade Macular (PAM): OD: <20/200 OE: 20/20. Biomicroscopia: OD: Pseudofácico OE: Catarata, demais estruturas sem alterações. Realizada facectomia em OE, alta com AV de OE: 20/25. Após 1 mês evolui com BAV súbita em olho operado (AV OE: 20/100), sem história de trauma e/ou associação com outra patologia. Realizado ultrassom ocular que evidenciou DR temporal inferior associada a descolamento de coroide e macula preservada. Devido história oftalmológica pregressa suspeitou-se de efusão uveal e foi prescrito corticoide tópico e sistêmico, além da atropina. O quadro manteve-se estável. Solicitado rastreio infeccioso com IGRA positivo. Iniciado esquema RIPE com manutenção do quadro oftalmológico. Devido a não resposta terapêutica e baseada na história oftalmológica pregressa juntamente com exames de imagens oftalmológicos foi aventada a hipótese de linfoma de coroide e confirmado posteriormente. Hoje o paciente encontra-se em seguimento e tratamento no Instituto Nacional do Câncer (INCA) e com o quadro oftalmológico mantido.
Conclusão
Esse caso reafirma que a multidisciplinaridade foi fundamental para a condução, diagnóstico e tratamento mais adequado e, principalmente, em casos graves com risco potencial de complicações irreversíveis, como no caso acima de linfoma de coroide que consiste em um diagnóstico de exclusão e de difícil realização por se tratar de uma entidade rara.