Sessão de Relato de Caso


Código

RC093

Área Técnica

Neuroftalmologia

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Clínica Oftalmológica do Complexo Hospitalar Padre Bento

Autores

  • GABRIEL BRISIDA OLIVO (Interesse Comercial: NÃO)
  • DANIELA MARIA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
  • ALINE CRISTINA FIORAVANTI LUI (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEURITE AGUDA POR INTOXICAÇAO EXOGENA

Objetivo

Relatar um caso de amaurose súbita bilateral secundária a intoxicação aguda por metanol. As intoxicações agudas por metanol aumentaram sua incidência na pandemia por COVID-19, em virtude da crença de que a substância teria efeito protetor contra o vírus. Pretende-se relatar o desafio diagnóstico das neurites por intoxicação exógena e a extensa propedêutica necessária para o diagnóstico diferencial. Obteve-se ainda acesso a substância e realizou-se estudo bioquímico para elucidação da gravidade do quadro observado.

Relato do Caso

Homem, 45 anos, branco, procedente de Guarulhos – SP, procurou nosso serviço com história de amaurose súbita em ambos os olhos há 3 dias. Relatava libação alcoólica, uso de cocaína, bem como ingestão de bebida com composição desconhecida há 5 dias. Na admissão, a acuidade visual era de ausência de percepção luminosa em ambos os olhos. Apresentava midríase média fixa e reflexos pupilares fotomotor direto e consensual reduzidos em ambos os olhos, principalmente à direita. Apesar do exame fundoscópico do olho direito ser dificultado por alterações corneanas, apresentava-se com discreta palidez do nervo óptico, assim como o do olho esquerdo, sendo as demais estruturas sem alterações. Foram solicitados os exames de ressonância nuclear magnética de crârnio e órbitas, angiorressonância arterial e venosa de encéfalo e análise do líquor, os quais se mostraram normais. A amostra do material ingerido foi obtida e encaminhada para análise toxicológica pelo método de cromatografia em fase gasosa, que resultou em 1,45 g/mL de metanol, confirmando a presença de metanol no material. Com a evolução, houve piora da acuidade visual, intensificação da palidez dos discos ópticos, escavação subtotal e piora da acuidade visual em ambos os olhos.

Conclusão

Os quadros de neuropatia óptica secundária a intoxicação aguda por metanol costumam ser dramáticos, com evolução hiperaguda e o atraso diagnóstico dificulta as medidas terapêuticas para minimizar a lesão ao nervo óptico.

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