Código
P56
Área Técnica
Miscellaneous
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto e Hospital Oftalmológico de Anápolis
Autores
- ANA CAROLINA POLONIATO BRITO (Interesse Comercial: NÃO)
- Daniela Cristina Schroff Machado (Interesse Comercial: NÃO)
- André Pena Côrrea Bittencourt (Interesse Comercial: NÃO)
- Sarah Gonçalves Da Cruz (Interesse Comercial: NÃO)
- Francisco Dias Lucena Neto (Interesse Comercial: NÃO)
- Raiane Cristina Ferreira Castro (Interesse Comercial: NÃO)
- Alessandra Andrade Lopes (Interesse Comercial: NÃO)
- Rafael Da Silva Vieira (Interesse Comercial: NÃO)
Título
O IMPACTO DA COVID-19 NO NÚMERO DE ATENDIMENTOS DE INTERCORRÊNCIAS OFTALMOLÓGICAS REALIZADAS NO BRASIL
Objetivo
Descrever e analisar o impacto da pandemia pelo novo coronavírus no número de intercorrências oftalmológicas no Brasil.
Método
Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo descritivo com coleta de dados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). A amostra foi constituída por todas as intercorrências oftalmológicas registradas durante os anos de 2016 a 2020 nas cinco regiões brasileiras.
Resultado
Contabilizou-se 3.377 intercorrências oftalmológicas em todo o Brasil durante o ano de 2016, 3.439 em 2017, 3.271 em 2018, 3.630 em 2019 e 2.774 em 2020. Destas intercorrências, 924 foram consideradas de origem infecciosa em 2016, 868 em 2017, 804 em 2018, 921 em 2019 e 703 em 2020. A região com o maior registro foi a Sudeste com aproximadamente 56.65% dos casos, enquanto o Norte apresentou o menor valor, cerca de 0.035%.
Conclusão
Percebeu-se que as intercorrências oftalmológicas permaneceram em ascensão entre os anos de 2016 a 2019, atingindo o seu pico neste último ano, revelando um possível maior acesso da população aos serviços de saúde. Em contrapartida, em 2020, notou-se um importante declínio desses valores. Além disso, entre os anos de 2016 a 2018, as intercorrências infecciosas apresentaram queda, mas retomaram sua ascensão em 2019 e uma nova regressão em 2020. Tal ocorrência pode ser resultado do impacto da pandemia pelo novo coronavírus por pelo menos dois motivos: o primeiro seria pela menor procura por atendimento médico devido à insegurança e ao receio de sair às ruas; o segundo seria pelo maior cuidado com a higiene das mãos e o não contato de regiões como o rosto, evitando a possível contaminação dos olhos. Também observou-se que em todos os anos, a prevalência das intercorrências é maior na região Sudeste e menor na região Norte, reforçando a discrepância social, econômica e de acesso à saúde da população brasileira.