Sessão de Relato de Caso


Código

RC248

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital da Gamboa

Autores

  • THAIS GUARNIER GALENO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Almyr Sabrosa (Interesse Comercial: NÃO)
  • Ricardo Miguel Japiassú (Interesse Comercial: NÃO)

Título

USO DE ANTIANGIOGENICO NO TRATAMENTO DE NEOVASCULARIZAÇAO MACULAR SECUNDARIA A COROIDITE PUNTATA INTERNA

Objetivo

Relatar caso de coroidite puntata interna com membrana neovascular tipo 2 com boa resposta ao tratamento com injeção intravítrea de anti-VEGF.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 28 anos, sem comorbidades, com queixa de escotoma central em olho esquerdo (OE) há um mês. Apresentava acuidade visual com correção de 20/20 em olho direito (OD) e 20/200 em OE. Ao exame, biomicroscopia sem sinais de inflamação de seguimento anterior e/ou vitreíte em ambos os olhos (AO). À fundoscopia apresentava lesão subrretiniana branco-amarelada, arredondada, bem delimitada em mácula de OE; OD sem alterações. A Angiografia fluoresceínica(AF) evidenciou uma hiperfluorescência por vazamento, que aumenta em intensidade e limites em região macular em OE. A Tomografia de coerência óptica (OCT) da mácula apresentou lesão hiperrefletiva irregular, localizada acima do EPR, sugestiva de membrana neovascular tipo 2. Exames sorológicos negativos. Iniciou-se tratamento com corticoide tópico ocular de 6/6 horas e injeção intra vítrea de anti-VEGF em OE. Após um mês, apresentou melhora da acuidade visual com correção de 20/20 em OD e 20/30 em OE. O novo OCT de mácula evidenciou melhora significativa com diminuição da espessura central e do complexo neovascular.

Conclusão

A coroidite puntata interna acomete na sua maioria mulheres jovens, geralmente bilateral, sem fatores sistêmicos. As manifestações clínicas são embaçamento visual central, escotomas pequenos centrais ou paracentrais, correspondendo as lesões coriorretinanas. Não há sinais de inflamação do segmento anterior ou vítreo. Na fundoscopia as lesões são branco-amareladas, opacas, profundas, de 100 a 300 micra de diâmetro, restritas ao polo posterior particularmente a macula. As lesões agudas tornam-se cicatrizes coriorretinianas, podendo coalescer. A membrana neovascular pode ocorrer em 40% dos casos. A maioria dos pacientes não apresentam curso crônico, e apresentam boa acuidade visual, porém quando se tem presença de membrana neovascular, como no caso relatado, se faz necessário tratamento para melhora do quadro.

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