Código
P67
Área Técnica
Oculoplástica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: FMUSP
Autores
- SUZANA MATAYOSHI (Interesse Comercial: NÃO)
- RICARDO EUSTÁCHIO MIRANDA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
ACURACIA DA FOTOGRAFIA 3-D NA DETERMINAÇAO DO VOLUME DE GORDURA A RESSECAR NA BLEFAROPLASTIA INFERIOR
Objetivo
Na blefaroplastia inferior uma das etapas mais desafiadoras é a determinação de quanta gordura deve ser ressecada. No exame do paciente (sentado ou em pé) a gordura que se projeta anteriormente retrai com o paciente deitado no ato operatório, dando uma falsa impressão de menor volume. Assim seria desejável um método que permitisse estimar no pré-operatório o volume de bolsões de gordura a ser retirado. Programas de fotografias 3D tem sido utilizados com a justificativa de simulações de resultados pós-operatórios. O presente estudo visa analisar a correlação entre as simulações de resultados obtidos pelo programa da câmera 3D Vectra H e os pós-operatórios reais de blefaroplastia inferior retirando-se cirurgicamente a quantidade de volume indicado pelo programa.
Método
Utilizou-se a câmera fotográfica 3D Vectra H1 (Canfield Imaging Systems, Fairfield, NJ, EUA) no pré operatório para fotografar e estimar o volume de bolsa de gordura de pálpebra inferior a ser ressecado. Realizou-se a blefaroplastia inferior excisando-se o volume estimado pela simulação. Foram obtidas fotografias 3D nos retornos do pós-operatório para avaliar a variação volumétrica na pálpebra inferior após o procedimento e comparar com o volume estimado no pré-operatório. Os resultados reais foram correlacionados com os resultados da simulação.
Resultado
A correlação se mostrou fraca entre os resultados de simulação e os resultados reais nos pós-operatórios. Verificou-se uma diferença sistemática entre as medidas da simulação e das fotografias pós-operatórias, observando um volume aferido da pálpebra inferior maior nos pós-operatório em comparação ao volume simulado (figura anexa).
Conclusão
Conclusão: A baixa correlação entre a simulação e os resultados pós-operatório sugerem que a acurácia do simulador da câmera 3D Vectra H1 é insuficiente para simulações fidedignas nas blefaroplastias inferiores usando-se o método proposto no presente estudo.