Código
RC193
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Santa Casa de Misericórdia de Curitiba
Autores
- FERNANDA FERNANDES GOMES (Interesse Comercial: NÃO)
- Rafael Victor Mierzwa (Interesse Comercial: NÃO)
- Kalena Kostiuk (Interesse Comercial: NÃO)
Título
OCLUSAO DA ARTERIA CENTRAL DA RETINA: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar um caso de oclusão da artéria central da retina.
Relato do Caso
Paciente masculino, 23 anos, referiu diminuição da acuidade visual (AV) súbita em olho direito (OD) com 2 dias de evolução e escotomas. Sem comorbidades ou uso de medicamentos. Apresentava AV de movimento de mãos em OD e de 20/20 em olho esquerdo (OE). Biomicroscopia OD: defeito pupilar aferente relativo, pressão intra-ocular normal. Submetido a mapeamento de retina (fig.1) no OD, apresentava disco óptico discretamente pálido, bem delimitado, retina pálida e edemaciada com mácula em cereja na região foveal associado à afinamento vascular discreto. Solicitada angiofluoresceinografia do OD, que demonstrou importante retardo de enchimento da artéria central da retina, com retina pálida e edemaciada difusamente, apresentando mácula em cereja. OCT ipsilateral evidenciou desorganização das camadas retinianas externas, com sinais de acúmulo de liquido intra-retiniano. Orientado sobre prognóstico visual, foram solicitados exames laboratoriais sorológicos e reumatológicos. Paciente foi encaminhado para investigação de síndrome de hiperviscosidade sanguínea, que não evidenciou alterações aparentes. Com isso, paciente mantém seguimento oftalmológico habitual.
Conclusão
A oclusão da artéria central da retina é um evento obstrutivo vascular raro e afeta, em sua maioria, pacientes por volta da sexta década de vida, geralmente unilateral e é incomum em jovens sem comobidades. Costuma cursar com uma perda visual indolor e súbita, sendo não raro encontrar um defeito pupilar aferente associado logo após a obstrução. É de suma importância a identificação e o conhecimento dessa entidade clínica, tendo em vista que o adequado diagnóstico e controle clínico podem prevenir a perda total da visão.