Código
P54
Área Técnica
Glaucoma
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Fundação de Ciência e Pesquisa Maria Ione Xerez Vasconcelos (FUNCIPE)
Autores
- GABRIEL TOME DE SOUSA (Interesse Comercial: NÃO)
- ANA CLARA MAIA RAMALHO (Interesse Comercial: NÃO)
- ARTHUR MACHADO BEZERRA (Interesse Comercial: NÃO)
- LUANA SILVEIRA ANDRADE (Interesse Comercial: NÃO)
- PATRICK SILVA PENAFORTE (Interesse Comercial: NÃO)
- LARA MARIA PINTO ARCANJO (Interesse Comercial: NÃO)
- JAILTON VIEIRA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
REGISTRO EPIDEMIOLOGICO DO GLAUCOMA NO BRASIL, NO SISTEMA UNICO DE SAUDE, NO PERIODO DE 2011 A 2021.
Objetivo
Avaliar o perfil epidemiológico de registros por glaucoma , no Brasil, na última década.
Método
Realizou-se a análise de registros por glaucoma, no período de 2011 a 2021, consultando o sistema de Declaração de Morbidade Hospitalar do DATASUS, que contabiliza os dados das Autorizações de Internação Hospitalar das Secretarias Municipais de Saúde. Foi adotada a décima revisão do Código Internacional de Doenças - CID-10, sob o código H40 (glaucoma).
Resultado
Entre janeiro de 2011 e janeiro de 2022, no Brasil, foram realizadas 50.300 registros com CID-10 exclusivo de glaucoma, responsáveis por um custo total de 41.2 milhões de reais, com valor médio por internação de 820 reais. Não houve diferença significativa segundo sexo, sendo 26.157 do sexo masculino e 24.143 do sexo feminino. A faixa etária de maior prevalência foi de 60 a 69 anos (14.676), seguida de 70 a 79 anos (11.462) e de 50 a 59 anos (9.223), concentrando-se, entre os 50 e os 79 anos, 70.30% de todas os registros por glaucoma. Houve queda de 27.68% na quantidade de registros durante o período das medidas de contenção dos avanços da pandemia da COVID-19.
Conclusão
No Brasil, apesar da diminuição do número de registros por glaucoma durante o período da pandemia da COVID-19, o número de portadores da doença continuou aumentando. Pode-se observar desde o ano de 2021 o aumento de 32.07% no número de registros por glaucoma no país. Apesar de as deficiências visuais causadas pelo glaucoma não terem cura ou correção, há tratamentos e intervenções cirúrgicas capazes de atrasar ou impedir a progressão dos acometimentos, reduzindo, portanto, o impacto na acuidade visual e na qualidade de vida dessa população. Desse modo, é recomendado o aumento de investimentos em busca ativa, diagnóstico e tratamento precoce na população brasileira que apresenta uma prevalência elevada dessa doença.