Código
RC135
Área Técnica
Oftalmopediatria
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Centro de Estudos e Pesquisa da Visão (HOFTALON)
Autores
- LARISSA BRAGA DA SILVA (Interesse Comercial: NÃO)
- GABRIELA GUILMO VILLAR (Interesse Comercial: NÃO)
- GUSTAVO HENRIQUE SOARES DE LIMA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MICROCORIA CONGENITA - RELATO DE CASO
Objetivo
O trabalho tem por objetivo descrever o caso de um paciente portador de microcoria congênita de forma isolada, não sindrômica, a fim de permitir o conhecimento geral para futuros diagnósticos.
Relato do Caso
Paciente O.R.A., masculino, branco, 1 ano e 3 meses de idade, deu entrada no setor de urgência do Hospital de Olhos de Londrina (HOFTALON), acompanhado pela mãe, que relata que “pupila do olho do filho é diferente”. Paciente sem comorbidades, pré-natal e parto sem intercorrências, desenvolvimento neuropsicomotor adequado para a idade. Ao exame oftalmológico apresentava comportamento visual normal, sem objeção na oclusão de nenhum dos olhos. Apresentava motilidade ocular normal e ortoforia em ambos olhos. À ectoscopia, apresentava redução de tamanho pupilar, medindo 1mm em olho direito (OD) e 1,2mm em olho esquerdo (OE), sem outras alterações. À tonometria apresentava 12 mmHg em ambos olhos. A fundoscopia era impraticável, pois as pupilas não eram reativas aos agentes cicloplégios. Realizado ultrassonografia ocular, que demonstrou câmara anterior, cristalino, vítreo, retina e disco óptico com aspecto normal. Paciente mantem acompanhamento periódico.
Conclusão
A microcoria congênita é uma condição ocular genética rara e heterogênea, podendo se apresentar de forma autossômica recessiva, sindrômica ou autossômica dominante, de forma isolada. Caracteriza-se por pupila com diâmetro inferior a 2 mm, sendo causada pelo desenvolvimento incompleto ou ausência do músculo dilatador da pupila. Pacientes com essa condição não dilatam após a instilação de colírios midriáticos e geralmente desenvolve defeitos refrativos (miopia ou astigmatismo) importantes. Além disso, anormalidades do ângulo irido-corneano podem levar ao glaucoma durante infância e juventude, sendo importante o conhecimento dessa condição para correto acompanhamento oftalmológico.