Código
RC180
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Autores
- CARLOS ALBERTO PILAN NETO (Interesse Comercial: NÃO)
- STELLA PADUA NOGUEIRA TEIXEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- ANA MARCELLA CUNHA PAES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
HEMORRAGIA EPIRRETINIANA MACIÇA EM REGIAO MACULAR E O USO DE LASER VERDE NA INTERVENÇAO: UM RELATO DE CASO
Objetivo
Evidenciar melhora da acuidade visual após hialoidectomia com laser verde em paciente com hemorragia epirretiniana extensa em região macular.
Relato do Caso
Paciente do sexo feminino, 45 anos, afrodescendente, atendida em Pronto Socorro da UFTM, com queixa de baixa acuidade visual súbita em olho esquerdo (OE) há 3 horas. Nega trauma ou esforço físico. Tabagista há 6 anos, sem comorbidades, nega uso de medicações. Ao exame, apresentava acuidade visual com correção de 20/25 em olho direito (OD) e conta dedos 15 cm em OE. Biomicroscopia sem alterações. Tonometria 12 mmhg em ambos os olhos. Em exame de fundo de olho, nao apresentou alterações em OD e evidenciou hemorragia pré-retiniana extensa em região macular em OE (Imagem 1), sem sinais de micro e/ ou macroaneurismas. Aventada a hipótese de Retinopatia de Valsalva, fazendo diagnóstico diferencial com hemorragia por macroaneurisma roto e/ou alterações hematológicas. Foi realizado hialoidectomia com laser verde no mesmo dia em OE. Após procedimento, foram realizadas imagens sequenciais com o retinógrafo, acompanhando assim o esvaziamento da coleção de sangue pelo orifício confeccionado, com escoamento sanguíneo para vitreo inferior e clareamento foveolar (Imagem 2). Mediu-se novamente a acuidade visual, com ganho de optotipos em OE: 20/100. Após 10 dias da hialoidectomia, realizou-se angiofluoresceinografia, com achado de braço-olho dentro da normalidade e hipofluorescência por bloqueio do contraste em região macular inferior, devido a hemorragia epirretiniana e vitrea. Ausência de isquemia.
Conclusão
Diante de hemorragia epirretiniana espontânea, súbita e extensa em região fóveo-macular, optou-se pelo tratamento ativo com hialoidectomia com laser verde para confecção de orificio de drenagem para resolução do coágulo mais rapidamente. Manteve-se a hipótese diagnóstica de Retinopatia de Valsalva, já que no fundo de olho e na angiofluoresceinografia não foram encontrados sinais de anormalidades vasculares. Paciente em seguimento pela hematologia para descartar alterações hematológicas.